sábado, 20 de fevereiro de 2010

ZÉ SIMÃO E O EXÉRCITO

Mulatinho deu um terreno que possuía por trás da rua chamado Carnaubal de D. Albertina, para Zé Simão colocar seus animais, trocando em miúdos tomar conta, como dissemos em nosso linguajar.
Zé Simão era uma fera na administração do terreno. No inverno dentro do terreno formava um poço, que chamavam o poço de Zé Simão, os meninos iam tomar banho, Zé Simão colocava para fora na base do grito, corria menino para todos os lados. Não admitia que ninguém entrasse para tirar uma lenha, menino não podia apanhar vaje de algaroba, que ele não admitia, dizia: ele que os meninos acabavam com os arames das cercas. Ele tinha um trabalho árduo para colocar aquele terreno em dia.
Eis que em 1974, o Exército veio realizar exercício de guerra na cidade de Pedro Avelino, no que foi uma grande novidade.
A tarde toda população ficavam nas calçadas olhando o os soldados do Exército fazer as manobras de guerra.
Zé Simão sentado na calçada se torcia de raiva vendo os soldados pegando nas pontas da escada de sua cerca para pular, pisando nos arames, que os grampos voavam lá fora, cortavam galhos para fazerem camuflagem, os soldados faziam um rebuliço grande dentro do terreno. Zé Simão ás vezes entrava em casa para não ver o que os soldados estavam fazendo no seu terreno.
Num desses dias Zé Simão estava arrastando a cadeira para dentro de casa numa reclamação grande:
--- Vão acabar com minha cerca, quando eles forem embora só vai ficar trabalho. Eu queria que esses pestes já fossem para casa do diabo.
Quando ele estava reclamando, ia passando um menino que Zé Simão costumava colocar para fora do terreno, disse:
--- Zé Simão vá empatar dos soldados do Exército entrar no seu terreno.
--- Vá para P.Q.P filho de uma P.

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