terça-feira, 8 de setembro de 2009

A Fúria de Casa Nova

Na década de 60 às tardes de Pedro Avelino eram monótonas, a sua população muito pequena, as ruas de barro batido, no quadro do mercado, a poeira cobria as casas. No inverno os carros ficavam atolados em frente à bomba de gasolina de Zé Sobrinho. A modernidade ainda não tinha chegado no interior do estado, tudo era muito difícil, não existia água encanada, bebiam-se de cacimbas e açudes, todas trazidas em lombo de animais, a energia elétrica era um sonho longe de ser alcançado, asfalto ou calçamento nem se pensava, o consumismo estava longe do povo da cidade. O meio de transporte mais viável para se chegar a capital do Estado eram o trem e os mistos de duas cabines. Na quarta feira o cinema do Padre Antas ficava lotado para assistir filmes de Tarzan e Bang-Bang.
A população muito simples, a tarde os habitantes não todos, ficavam sentados nas calçadas, esperando a noite chegar. Às 18 horas da noite era que ligavam o motor da luz, e todos saiam em direção a suas casas, comer coalhada com cuscuz, e escutar pelo alto falante da igreja o terço das seis horas, rezado por uma beata qualquer. Depois do jantar, mais uma vez iam para as calçadas conversar até chegar a hora das luzes se apagarem. Às 15 para 23hs, a luz dava o primeiro sinal, sinal esse, para os habitantes encherem suas lamparinas de querosene, e às 23hs em ponto, a energia acabava, e Pedro Avelino entrava na escuridão, só a lua clareava suas ruas e becos. No outro dia a mesma rotina de sempre, e entrava ano e saía ano, e a mesma mesmice, era uma cidade sem alegria, sem encanto, mas com um povo gozador, que de um limão fazia uma limonada, e tocavam a vida pra frente com destemor.
Numa dessas tardes sombrias, passava das 15hs. Meninos brincavam de bandeirinha na poeira do quadro do mercado, aqui e acolá tinha uma rodinha de gente conversando, na bodega de Maciel, outros na bodega de Joaquim Inácio, e mais gente na bodega de Zaqueu, e na lojinha de Dodô, todos conversavam sobre secas e sobre inverno, as calçadas das residências estavam lotadas de meninas passeando com suas bonecas nos braços e senhoras fazendo fofocas com as vizinhas. Quando de repente, vindo das bandas dos Carnaubais de D. Albertina, vinha desembestado na carreira um jumento perseguindo duas jumentas novas, aquela cena deixou todos estupefados. As pessoas que estavam nas calçadas, não estavam entendendo o que estava se passando. O jumento rodeou o mercado com as jumentas na frente, as jumentas dando coice no fucinho do jumento, e ele investindo pra cima das duas jumentas. Quando chegou onde hoje é a cobertura, o jumento já tinha as duas sob o seu domínio, tirou a espada da bainha, e cravou numa das jumentas, terminando o serviço, puxou a espada e cravou na outra, passou poucos minutos, desencravou a espada, que vinha molhada e com o pires pingando. A platéia das calçadas aplaudiu esfusiantemente aquela cena inédita que estava acontecendo. Pedro Cesário gritou:
--- Este jumento é um verdadeiro casa nova.
E daquele dia em diante o apelido pegou.
Casa nova era um jumento roxo, cabano, de estatura mediana, e com a marca do xixi de Jesus de cor preta, e uma espada preta lavrada de branco.
Casa nova pegou as duas jumentas, rebanhou e as levou novamente para o carnaubal de D. Albertina. Voltou triunfante para o quadro do mercado, Dodô de Teodoro rapidamente foi na bodega de Zaqueu comprou um litro de milho e colocou para casa nova, logo em seguida Olavo Cadó também trouxe mais um litro de milho, Manoel Cadó idem. Nessas alturas casa nova sentia que estava agradando.
Seu Luiz Cadó da ponta da calçada de sua bodega, onde hoje é a farmácia de Airon dizia:
- Isso não vai dá certo.
O comentário foi geral, era com que se balançavam meninos em Pedro Avelino, a disposição de casa nova para o sexo.
A estória do jumento bateu os quatro cantos da cidade, umas pessoas condenavam, outras totalmente a favor, o jumento estava fazendo o papel dele.
No outro dia no mesmo horário, lá vêm casa nova, arrebanhando a burra da carroça de Chico Félix, rodeou o mercado, e no mesmo local do dia anterior, enfiou a espada na dita cuja da carroça de Chico Félix, terminado a batalha campal com a arma preta, casa nova botou a jumenta para correr em volta do mercado, e no local de sempre deu outra. As calçadas cheias, e no bar de Bastinho Ferreira “BAR QUEROBIM BAR” a galera aplaudia com entusiasmo, e Pedro Veríssimo com a cabeça cheia de birita dizia:
- Eu só queria uma coisa na minha vida, o tamanho da espada desse jumento e o tesão. Aí eu seria o homem mais feliz do mundo.
Rapidamente casa nova saiu escoltando a burra para fora da cidade. Depois voltou para receber a sua recompensa, já lhe esperava na calçada de João de Barros cinco litros de milho, doado por seus protetores, Dodô, Manoel Cadó, Olavo Cadó e Pedro Cesário.
O banzé estava formado em Pedro Avelino, a tara de casa nova chegou na igreja, o padre no sermão da missa condenava as pessoas que fomentavam aquela prática sexual e dizia:
- Esta terra vai acabar como Sodoma e Gamorra, as famílias não podem sentar nas suas calçadas, os depravados dessa cidade estão fortificando um jegue para fazer a maior estripulia no quadro do mercado, não façam isso, temos crianças e senhoras casadas e senhoras idosas que estão assistindo um espetáculo deprimente, não façam uma brutalidade dessa com o animal bruto. Não alimentem essa prática sexual para as crianças verem, essa imoralidade virou atração em nossa cidade, daqui a pouco até os jornais chegam aqui para fazerem reportagem da destruição das famílias que ainda tem senso de humanidade.
Naquela tarde de domingo, onde anteriormente o quadro do mercado ficava desabitado, nesse domingo as calçadas estavam repletas, os bares e bodegas estavam cheios, todos esperando a chegada de casa nova com sua nova atração, veio caminhão com gente de Afonso Bezerra, Angicos, Lajes e São Paulo do Potengi. Vieram também o pessoal das fazendas São Pedro, Volta do Queixada, Aroeiras, Serra Aguda e Espinheiro. A fama de casa nova estava além das fronteiras. A expectativa era enorme. Quando de repente surge casa nova vindo do beco de Chico Félix, passou de frente a casa de João Adauto e entrou no largo do mercado, vinha só, deu uma volta de 360 graus no quadro do mercado, e voltou novamente pelo beco de Chico Félix. Todos que estavam ali perfilados, ficaram decepcionados, casa nova não tinha arranjado nada naquela tarde.
Quando de repente, surge casa nova do beco da prefeitura com uma jumenta grande e uma pequena, mãe e filha. Casa nova deu sua volta olímpica no quadro do mercado, com a espada batendo nos peitos, pronto para batalha campal que iria travar.Chegando no local de sempre, casa nova cravou a espada na jumenta mais velha, e a pequena esperando a vez, mesmo assim casa nova fez, arrastou a espada fumegante, ajeitou a jumentinha pequena e cravou novamente a sua arma robusta e avantajada na inocente, que ficou com os olhos cheios d’água e mascando chiclete. Era um silêncio total. Mas João de Dionísio que sempre foi curioso, foi olhar de perto o vai e vem da espada de casa nova, e todos pedindo:
- João não vá, João não vá.
Mas o cabido foi olhar de pertinho, a jumentinha com aquele incômodo lhe penetrando, a pobrezinha gemia, e João de Dionísio bem pertinho olhando, abaixou-se para ver melhor, a jumentinha, prantou-lhe o coice no olho, que ainda hoje é troncho, todos ficaram mangando do cabido, que tapava o olho com a mão.
Casa nova terminou sua tarefa, foi deixar os dois animais no carnaubal de D. Albertina, e voltou radiante para comer a sua recompensa de milho que já lhe esperava na calçada de Zé de Nezinho.
Passava de três dias, e casa nova não aparecia, as jumentas desapareceram do carnaubal de Dona Albertina, ficaram escabreadas, e também com vergonha do que casa nova estava fazendo com elas, mesmo assim, casa nova vinha para o quadro do mercado receber sua ração diária. Estava gordo, o cabelo estava fino, o peito largo, estava todo roliço, bem tratado e amando a hora que queria. O jumento sendo um bicho bruto, mais parecia que estava entendo tudo, se considerava o rei do pedaço, achava que poderia fazer tudo, e fazia.
Expedito Magro vinha de da fazenda Serra Aguda numa charrete á procura de uma parteira para sua esposa que estava sofrendo para parir. A charrete era puxada por uma égua grande, uma égua andaluz, e o azar de Expedito era que a égua estava no cio, para completar, casa nova que estava nos arredores vagabundeando, sentiu o cheiro, partiu para cima da charrete, e a égua aceitava todos os assédios do jumento caviloso, Expedito temendo um desastre, pulou da charrete, deixou o bolo para lá. A égua conseguiu se desvencilhar do peso que trazia, casa nova trouxe a égua para o centro da cidade, com a espada de fora fazia o escarcéu para todos verem, só que casa nova não alcançava o seu objetivo, a égua era muito alta. Não contou conversa, fez carreira com égua para beira do rio Gaspar Lopes, e o seu fã-clube saiu atrás para ver, quando chegou no rio, casa nova ajeitou a égua numa barreira, ficou em cima da barreira e a égua embaixo, assim casa nova conseguiu se satisfazer da sua tara. Casa nova era jumento malvado, só fazia sexo mordendo, com brutalidade, quando enfincava os dentes no lombo de suas adversárias, só soltava quando terminava tudo direitinho, e sempre deixava uma listra de sangue no lombo de suas presas. Terminado sua façanha deixou a égua na beira do rio, onde Expedito conseguiu encilhar novamente o animal. E casa nova veio para o centro comer milho.
Essa façanha do jumento deixou a metade da população revoltada, o homem chega na cidade á procura de uma parteira para esposa, e o jumento dava um espetáculo gratuito para todos na beira do rio. O jumento desapareceu por dias, parecia que ele queria deixar a população esquecer. Já tinha passado muitos dias quando casa nova apareceu, deu uma volta na cidade, mas não recebeu milho nunca mais tinha feito nada para merecer, ficou meio desconsolado, estava perdendo o cartaz com o seu fã-clube. Tinha que fazer alguma coisa para merecer a confiança novamente do pessoal que lhe admirava.
Casa nova estava morrendo de fome, á tempos que não comia um quilo de milho. Mesmo assim passeava despreocupado pela frente da igreja comendo pontas de cigarro, papel e cascas de bananas, quando de repente lá vinha Zéca Homem vindo do vilarejo do Trangola montado na burra Serafina. Serafina era uma burrinha bem ajeitadinha, bem zelada, toda ripada, bem gordinha, parecia uma bola.
Serafina vinha com dois caçuais, de um lado vinha jerimuns, melancias e ovos. Do outro galinhas, frangos, guinés e outros bichos da família dos galinhacéos, e no meio da cangalha Zéca Homem conduzindo Serafina. A burrinha vinha num passo ligeirinho chega a trazeira requebrava. Quando Serafina dobrou a esquina da escola paroquial, casa nova botou o focinho pra cima e sentiu o cheiro do sexo oposto, fez carreira atrás, casa nova já vinha em ponto de cocada, com tudo em cima, Serafina quando viu o lambedera na sua frente, encostou a traseira na parede da casa de Chico Matias(casa hoje de Domingos), e casa nova rodeando, e Serafina encostada na parede, nem ia pra frente nem pra trás, de cima da burra, Zéca Homem dizia:
- O que é isso Serafina, vamos, Serafina vamos.
E a pobre da Serafina empacada, sem saber que atitude tomar. Casa nova vacilou um pouco, Serafina acunhou na carreira e casa nova atrás, nessas alturas, voavam galinhas de dentro dos caçuais, melancia, e jerimuns quebravam no meio da rua, casa nova pega, num pega, pega, num pega, ora num pega, pegou. Zéca Homem parecia peão de rodeio, pra cima e pra baixo.
A pobre da Serafina emburacou no beco do mijo entre Hortêncio e Zaqueu, o beco era estreito, Serafina ficou entalada, com os dois caçuais. Casa nova do jeito que vinha, voou pra cima, entrou até o talo. Acontece que casa nova era jumento malvado, só fazia sexo mordendo o pescoço das jumentas, dessa vez não deu para ele alcançar o pescoço de Serafina, e cravou os dentes nas costas de Zéca Homem, que gritava:
- Pare de me morder jumento felá-da-puta.
Na frente do beco a platéia se deliciava com a bravura de casa nova, e o pobre de Zéca Homem gritando:
- Tire esse burro de cima de Serafina, ele está mordendo as minhas costas.
Quando casa nova terminou, saiu de cima de Serafina e ficou de longe apreciando a aflição de Zéca Homem para tirar Serafina do beco. Zeca Homem pegou uma faca e cortou as cordas dos caçuais, e conseguiu tirar a burrinha do beco. Saiu puxando Serafina e amarrou num poste de carnaúba que tinha em frente à casa de Mulatinho (hoje é a casa de Vilson), e saiu juntando as galinhas que estavam com os pés amarrados pelo meio da rua, casa nova aproveitou a oportunidade, e meteu a madeira em Serafina novamente, Zéca Homem com uma ferida nas costas das mordidas, meteu o chicote em casa nova, o chicote batia no lombo de casa nova que o cabelo subia, e ele não estava nem aí, estava de dente trincado no pescoço de Serafina. Quando terminou saiu correndo com a espada balançando, foi até onde estava seus admiradores contumaz, Olavo Cadó, Manoel Cadó e Dodô, que rapidamente lhe deram sua ração de milho comprado na bodega de seu Jaime.
A estória da tara de casa nova chegou nas barras da justiça, o juiz estava puto com que estava acontecendo em Pedro Avelino, tomaria providencias urgente, na forma da lei, ou na sua forma.
O escarceú que o muar fez foi grande. Serafina se recuperava das contusões no trangola, tinha varias mordidas no pescoço. Zéca Homem estava trazendo suas mercadorias para vender na rua numa cesta, enquanto Serafina entrava na ativa novamente.
Casa nova era jumento sabido, sabia ele que naquela tarde tinha estrapolado os limites da sacanagem. Estava escondido no carnaubal de Dona Albertina. Todos as tardes o fã-clube dele o esperava no quadro do mercado, nada do jumento aparecer.
Naquela época as feiras de sábado acabavam tarde, tinha muita gente de fora trabalhando nas propriedades da região.
Num sábado ensolarado, mês de outubro, a seca tomava conta da nossa cidade. A poeira cobria todo torrão Pedroavelinense. O quadro do mercado estava repleto de barracas, de ponta a ponta, vendia-se de tudo, os bares e bodegas estavam cheios, nas sinucas de Antonio Rufino estava sangrando de gente, era gente batendo um no outro.
Só que aquela tarde de sábado, estava predestinado a ter o maoir espetáculo que Pedro Avelino tem notícias.
Passava das três da tarde, quando surgiu na rua da Escola Paroquial casa nova com 3 jumentas, o tropel dos animais fazia tremer o chão, as burras na frente e casa nova atrás rebanhando as suas damas. No quadro do mercado as jumentas se espalharam, passaram por cima das panelas e dos potes de Elvira louçeira, quebrou toda louça, ficou só os cacos de barro espalhados pelo chão.Uma das jumentas tropeçou no caixão de farinha de Zé dos Barris, enganchou-se na lona de plástico e saiu colocando tudo abaixo. Outra entrou no mercado, e a outra fez carreira para os barracas de confecções, casa nova ficou atarantado com aquele vavavu, tinha muito impercílio na sua frente, os seus planos estavam dando errado, mesmo assim continuaria.
As jumentas corriam destabanadamente no meio da feira e nada de casa nova controlar o seu harém, uma jumenta nova acuou-se dentro do mercado, outra escondeu-se debaixo da barraca de Avelino Salvião que vendia mangaio, e a jumenta mais nova foi embora pelo beco da prefeitura. E casa nova ficou desorientado, tinha perdido as suas presas, corria de um lado para o outro e não encontrava suas amadas. Mas casa nova era jumento esperto, descobriu que uma das suas amadas estava sendo escondida por Avelino Salvião, foi lá e tirou a jumenta do esconderijo e saiu correndo atrás. O tropel na feira era grande nessa carreira, viraram o caixão de pães de Luiz Inácio, derrubaram a barraca de Zé Leite que vendia ervas, botaram abaixo o caldeirão de picado de porco de Dona Luzia (este picado era o mais gostoso da região, era cortado no chão limpo da calçada do mercado e cozinhado com água do açude de Odilon onde era lavado os caminhões e carros da cidade).Casa nova cravou a espada na dita cuja em cima da banca de Gelé de côco de Pitoroco. Nessas alturas a feira estava toda revirada. Terminada sua operação, casa nova saiu à procura da outra amada, que estava em frente à bodega de Chico Batista do enchimento. Casa nova fez carreira, passou por cima do pote de gelada de Hortêncio, deixou só os pedaços de gelo e os cacos do pote no chão. Virou a placa de pão doce do caldo de cana de Badu, tudo que encontrava levava nos peitos. A jumenta quando viu o perigo, correu para o meio da feira, e casa nova atrás, quando a jumenta aproximou-se da barraca de Zezito Julião (não é meu parente) deu um vôo por cima da banca e já caiu do outro lado vestida com um vestido que estava no mostruário da barraca. A jumenta passou vestida com o vestido de chita por cima da banca de sapatos de Fulgêncio, foi sapato para todos os lados. Mesmo assim toda pronta, casa nova conseguiu pegar a dita cuja em frente à Prefeitura. Terminado aquele ato sexual, casa nova saiu à procura da jumentinha mais nova que tinha ido prás bandas do açude de Odilon.
De longe a jumentinha viu casa nova e acunhou pelo beco de Hildinei, e casa nova pega, num, pega, pega num,pega, ora num pega, pegou e enfiou-se todinho na pobrezinha. Só que aquele ato sexual foi mal escolhido por casa nova, em frente à casa do juiz da Comarca de Pedro Avelino. (casa hoje onde mora Dona Gilma). Quando o juiz viu o povo na rua e principalmente na bodega de Cícero do barracão. Fechou-se as janelas e as portas da rua. E mais ema vez casa nova foi aplaudido, e ganhou três litros de milho.
No outro dia o juiz convocou um veterinário da Secretaria da Agricultura, que chegou e deu uma injeção em casa nova, o pobre do jumento ficou broxa.
As jumentas passavam por ele, e o pobre só fazia olhar, não fazia nada, o seu fã-clube deixaram de lhe dar milho, tinha perdido a graça. Chegou um caminhão de charqueada MAFISA, de Pernambuco, e levou casa nova para virar carne de jabá para temperar feijoada.
E assim termina a estória desse herói do sexo animal, que ainda hoje é falado em bares e bodegas de Pedro Avelino. Nessa terra onde já teve tudo.

Manoel Julião Neto

Um comentário:

  1. Como sempre suas estórias são muito engraçadas.
    São remédios para o mal-humor.

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